Há três dias marcando 6,8 metros, a cheia do rio Paraguai desalojou famílias em Isla Margarita, ilha no território paraguaio localizada a 700 metros de Porto Murtinho.
Do lado brasileiro, um dique protege a cidade sul-mato-grossense, suportando pico de até 9 metros. “A ilha fica muito mais baixo e a água invadiu as casas”, relata o coordenador da Defesa Civil de Porto Murtinho, Vilson Rolon de Campos.
De acordo com ele, as famílias desalojadas são atendidas pela defesa civil nacional do Paraguai. “Foram levadas para a Colônia Peralta. Mas alguns se negaram a sair”, conta. Com parentes do lado brasileiro do rio, oito famílias buscaram abrigo em Porto Murtinho.
Conforme o coordenador, a expectativa é que a partir do dia 30 de julho o nível do rio comece a baixar. “Em Corumbá, Porto Esperança, Ladário, está baixando 3,4 centímetros por dia”, conta.
As medições do rio são feitas pela Marinha. “Em Porto Murtinho, não há situação de emergência. O dique deu tranquilidade para a cidade”, salienta. Conforme o coordenador, a pior cheia foi em 1979, o rio chegou a 9,8 metros.
A medição do rio também é monitorada pelo Corpo de Bombeiros. “Os mais antigos falam que há 12 anos não tinha uma cheia dessas”, afirma o sargento Eluiz Silva Paulon.
A propagação das cheias do rio Paraguai se dá ao longo de vários meses do ano, caracterizando o lento escoamento das águas no Pantanal.
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