O Federal Reserve (FED, o banco central dos Estados Unidos) afirmou nesta terça-feira que vai manter a taxa de juros "excepcionalmente baixa" até meados de 2013, diante dos dados econômicos que indicam uma lenta recuperação americana e os temores de uma recessão.
Atualmente, a taxa de juros dos EUA está no nível histórico de entre 0% e 0,25%. A ideia é dar confiança aos investidores de que o Fed continua ajudando a economia.
O comunicado, contudo, decepcionou os economistas, que esperavam ver medidas concretas para influenciar na economia americana.
Há três semanas, o presidente do Fed, Ben Bernanke, disse estar preparado para oferecer mais estímulos à economia se fosse necessário.
A expectativa da imprensa americana era que o FED divulgasse nesta terça-feira uma nova rodada de recompra de títulos do Tesouro, uma prática de compra de títulos do Tesouro que equivale na prática à impressão de moeda.
Chamado de "quantitative easing", ou relaxamento quantitativo, o plano tem como objetivo declarado aumentar a liquidez do sistema econômico --o que pode animar investidores e consumidores a voltar a gastar.
Na primeira vez, o Fed chegou a investir no auge da crise econômica mundial, entre 2008 e 2009, US$ 1,75 trilhão na compra de títulos. Sua segunda versão foi adotada por oito meses, até junho de 2011 e injetou US$ 600 bilhões na economia americana --sem grandes resultados no crescimento dos EUA.
Uma segunda opção de interferência na economia, segundo o próprio Bernanke afirmou, seria reduzir os juros pagos aos bancos pelas reservas bancárias, o que iria encorajar essas instituições a aumentar o crédito.