Uma bactéria que se propaga com o consumo de hortaliças cruas já custou a vida de 14 pessoas na Alemanha. As suspeitas recaem sobre os pepinos procedentes da Espanha, que nega ser a origem do foco.
O registro chegava nesta segunda-feira a 14 mortos na Alemanha após a morte de duas pessoas por hemorragias provocadas pela bactéria E.coli enterohemorrágica (Eceh), uma no oeste e outra no norte do país.
O RKI (Instituto Rupert Kock), encarregado do controle sanitário e do combate a doenças na Alemanha, reconhece até o momento três mortes diretamente atribuídas à bactéria. Mas "no total cerca de dez pessoas morreram", segundo informações das autoridades regionais, declarou à imprensa o diretor do centro, Reinhard Burger.
Segundo Burger, há 352 pacientes infectados que apresentam problemas renais severos, conhecidos como SHU (Síndrome Hemolítico-Urêmica), potencialmente mortal. "O número real é provavelmente muito mais alto", advertiu.
Esta contaminação pela Eceh, a maior já registrada na Alemanha e uma das mais graves no mundo, não atingiu seu pico, devido ao espaço de tempo existente entre a incubação e sua manifestação.
Enquanto as autoridades sanitárias buscam a origem do foco de E.coli, seus efeitos atingiram o setor agrícola espanhol após as primeiras declarações que apontavam para os pepinos cultivados na Andaluzia, embora não tenha sido descartado que tenha ocorrido uma contaminação durante o processo de distribuição.
Em reação a esses fatos, a Espanha indicou nesta segunda-feira por meio de sua ministra da Agricultura, Rosa Aguilar, que pedirá "uma resposta" da União Europeia pelos danos provocados pela suspeita lançada sobre os pepinos espanhóis.
"Isso está danificando a imagem da Espanha, está danificando o setor produtor espanhol e o governo espanhol não está disposto a permitir esta situação", declarou a ministra em uma entrevista coletiva à imprensa.
À espera dos resultados das análises que estão sendo realizadas, que, segundo a Espanha, só serão revelados na quarta-feira, a Bélgica proibiu nesta segunda a importação de pepinos espanhóis e a Rússia fez o mesmo com as verduras espanholas e alemãs e ameaçou estender a medida para toda a UE.
Na Áustria, a Agência de Vigilância Sanitária pediu o recolhimento de pepinos, berinjelas e tomates orgânicos de origem espanhola, que eram distribuídos por 33 lojas austríacas.
Casos da síndrome já foram registrados na Áustria, Suécia, Dinamarca, Holanda e Reino Unido. Todos os casos foram relacionados a viagens à Alemanha.
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