O Governo do Estado está concluindo obra de implantação de uma antiga estrada vicinal que integra regiões produtoras de grãos, assentamentos e reservas indígenas dos municípios de Miranda, Bodoquena e Porto Murtinho. Com investimentos de R$ 2 milhões, a chamada 'Rodovia da Marema', de 52 quilômetros, que era um acesso crítico, ganha infraestrutura.
Conforme o Governo, a estrada está sendo alargada com revestimento primário, drenagem e reforma de pontes de madeira. O trecho corta mais de 50 grandes e médias propriedades produtoras de boi gordo, o Assentamento Sumatra - com cerca de 200 famílias, e chega à Morraria do Sul e ao Campo dos Índios, na reserva dos Kadiwéus, com entrada pela BR-262, 25 km a Oeste de Miranda. A estrada se integra às rodovias estaduais MS-185 e MS-339 e ao corredor rodoviário entre Bonito, Porto Murtinho e Corumbá, que também está sendo restaurado pelo Estado.
A obra elimina um dos maiores entraves da região, transpor a serra no chamado “Largão Fechado”, onde os caminhões eram puxados por tratores. “Vencer o estreito e sinuoso caminho da morraria, com muita pedra e umidade, devido às fortes chuvas, era praticamente impossível”, observa o coordenador regional Gérson Prata, que acompanha as obras e atende as demandas das regiões de Miranda, Bodoquena, Bonito, Corumbá e Ladário. Segundo ele, caminhões que demoravam mais de uma hora para levar uma carga da fazenda a Miranda, hoje percorrem o mesmo trecho em 40 minutos.
O revestimento primário inclui obras de terraplenagem da pista para levantamento do aterro, devido à umidade no trecho, e implantação de tubulões, para escoamento da água das chuvas. O serviço já foi executado em 40 km e deverá ser concluído em 30 dias, dependendo das condições climáticas. A recuperação das pontes de madeira, em péssimas condições, está em análise na Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos).
Acesso a Lalima
Outra importante estrada de movimentação de pessoas e cargas da região, a MS-448, também está recebendo investimentos do Governo do Estado em serviço de terraplenagem e encascalhamento em um trecho de 60 km. A via liga o centro de Miranda a Aldeia Lalima e ao Assentamento Tupã-Baé, além de atender o escoamento da produção de milho e soja. A Agesul já reformou uma ponte de madeira e iniciou a recuperação de uma segunda.