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MEIO AMBIENTE

Alquimia orgânica da terra e da arte

Cello Lima usa materiais orgânicos em obras que representam o meio ambiente

10 Jun 2019 - 09h39Por Leo Ribeiro

Celebrando a conexão entre a natureza e sua arte, que é construída com materiais orgânicos encontrados no meio ambiente, obras feitas com folhas, flores, galhos, dão a forma e a identidade do trabalho do artesão Cello Lima, responsável inclusive pela cenografia do Festival de Rua do Tôro Candil, de Porto Murtinho.

“A natureza sempre era um foco meu de observação, eu tenho muitas coisas em desenho que retratam o universo da natureza e várias questões ligadas, como a própria estética, organização espacial e energia dessas plantas, da subjetividade da natureza e da emoção, que sempre me impulsionaram a produzir”, aponta o artista.

Cello Lima ressalta ainda a vertigem que sentiu logo no começo de sua carreira: “Eu sou um artista digamos que muito eclético, desde criança as artes sempre me aquietaram muito, mas de um dado momento do meu processo de profissionalização - e isso foi uma coisa vertiginosa porque eu comecei muito cedo nas artes visuais, como adolescente já ganhando um prêmio internacional no Salão Universitário Latinoamericano que a UFMS promoveu na época”.

“Entrei pela porta da frente das artes visuais, que seriam as participações em certames, que são mostras competitivas onde você é aceito, premiado ou não. Mas tive várias obras aceitas em salões, como o de Dourados na década de 80... e a natureza e o meio ambiente sempre foram meus objetos de pesquisa, antes como objeto memso, que eu gostava muito de plantas e tive séries de desenhos que eu fiz com o tema ‘sementes’ e pinturas também que eu iniciei com essa série”, aponta ainda. 

Com técnicas que fazem Cello Lima passear, aproveitar e viver um ambiente, dentro e fora de seu ateliê, é da natureza que o artista extrai sua matéria-prima e também inspiração: “Atualmente o meu trabalho nasce por inspiração natural, que até a natureza que impulsiona a criação do trabalho.

Que hoje eu tenho utilizado técnicas onde eu oxido o metal sobre um suporte e trabalho sobre tela esse material, recorto, trato no ateliê tudo com técnicas naturais, eu sou uma pessoa que uso pouquíssima química, minha tinta é feita de terra, ao longo da minha trajetória –no início eu ainda usava um pouco de tinta acrílica, mas nunca pura, sempre diluída –, depois comecei acrescentar cinza, a tinta acrílica aos pigmentos mineirais que é como se fossem minha própria pintura, minha marca registrada”.

“Os meus pigmentos, cores da terra que eu coleto, todos os trabalhos são empregnados de lugares, porque não é ‘onde’ tem a cor, é onde tem a cor e o que esse lugar quer dizer para mim, que você acaba levando para a pintura essa matéria- -prima carregada de valor simbólico”, pontua Cello.

Sobre a cenografia feita no Festival de Rua do Tôro Candil, de Porto Murtinho, Cello revela: “A Mara Silvestre me fez um convite de ir até a cidade dar uma oficina de cenografia, aliás algo que me deu muito prazer que os alunos não eram muitos, mas poucos muitíssimo interessados e isso resultou em um trabalho bacana que se desdobrou em um convite para a ambientação do evento”.“Em Porto Murtinho eu desenvolvi a matéria-prima vinda da natureza, a folha do carandá que eu trabalhei ‘n’ partes, como a haste da folha, o caule que fica virado e esparramado, trabalhei com a haste reta e com a folha do carandá criando painéis de gravetos”, revela o artista.

Cello ainda finaliza dando destaque à importância em se ter essa consciência ambiental:

“Eu quis dizer por meio desse trabalho e experiência com alunos, que é possível criar de forma sustentável, sem agredir e falar sobre muitas coisas que tem importância, como a própria preservação do meio ambiente, que eu sou uma pessoa que leva muito ao pé da letra, seja com conceitos de ecologia mesmo em sala de aula”.

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